22.12.05

História da educação


Dieter Lenzen, Em 1994, presidente da Freie Universität Berlim, afirmou: "a educação teve início a milhões dos anos atrás ou nos fins de 1770". Esta menção de Lenzen inclui a idéia de que educação como ciência não pode ser separada das tradições educacionais que existiram na antiguidade.

A educação foi uma resposta natural das antigas civilizações ao esforço de sobreviver e de se consolidar culturalmente. Os adultos treinaram os jovens de suas comunidades nas habilidades e conhecimentos que necessitariam dominar e, necessariamente, transmiti-los.

A evolução da cultura e, também, dos seres humanos depende do processo de transmissão do conhecimento. Nas sociedades anteriores à escrita o processo de transmissão do conhecimento se restringia à imitação e à transmissão oral. O ato de contar histórias prossegue de geração a geração. Gradualmente a linguagem oral, com a introdução de símbolos e letras, se transforma em linguagem escrita e o processo de criação, preservação e transmissão do conhecimento sofre um crescimento exponencial.

Quando as culturas começaram a estender seu conhecimento além das habilidades básicas de se comunicar, negociar, colher alimentos, práticar ofícios religiosos, etc. surgiu a instrução formal e a escolarização. A escolarização era praticada no Egito entre 3000 e 500BC.

Por educação básica se entende o conjunto de competências necessárias para a interação social. Os sistemas modernos de educação na Europa têm origem nas escolas do período medieval. A maioria das escolas daquela época era fundamentada em princípios religiosos com a única finalidade de treinar o clero. As primeiras universidades, em sua maioria, tais como a universidade de Paris, fundada em 1150, tiveram uma base cristã. Também foram fundadas muitas universidades seculares, como a universidade da Bolonha, fundada em 1088. O currículo das instituições educacionais daquele período era baseado no trivium e no quadrivium (as sete artes liberais) e transmitido em latin.

No norte da Europa a instrução eclesiástica foi amplamente substituída pela educação elementar estabelecida na Reforma. Na Escócia, por exemplo, a igreja nacional escocesa criou um programa para a reforma espiritual em janeiro de 1561 que fixa um professor para cada escola de comunidade religiosa, oferecendo instrução livre para os pobres.
Isto foi concedido por um ato do parlamento Escocês, aprovado em 1633, que introduziu um imposto para custear este programa. Embora poucos países deste período tenham implementado sistemas extensivos de educação, entre os séculos XVI e XVII a educação teve um crescimento significativo.

Este crescimento resultou da ampliação do interesse governamental na educação. Em 1760, por exemplo, Ivan Betskoy foi nomeado conselheiro educacional pela Czarina russa, Catarina II. Ele propôs educar os jovens russos de ambos os sexos em internatos escolares públicos, visando criar "uma nova espécie de homens". Betskoy propôs uma série de sugestões gerais para a instrução de crianças em vez de objetivos específicos: "Ao reformular nossos objetivos para uma instrução fundada nestes princípios, nós criaremos... cidadãos novos." Algumas de suas idéias foram implementadas no instituto Smolny para meninas nobres em Saint Petersburg, O trabalho de Betskoy na Rússia foi logo seguido pelo governo polonês em 1773 ao criar a Comissão Nacional de Educação. A comissão funcionou como primeiro ministro governamental da Educação na Europa.

Contudo, havia um interesse acadêmico crescente na educação e nas primeiras tentativas de criar o que se considera ser métodos acadêmicos racionais para o ensino. Isto levou, em 1770, à criação da primeira cadeira de pedagogia na universidade de Halle na Alemanha. Outras contribuições ao estudo da educação em outras partes da Europa incluíram o trabalho de Johann Heinrich Pestalozzi na Suiça e de Joseph Lancaster na Grã-Bretanha. Wikipedia

Educação na China. Ao contrário de muitas regiões do mundo, a educação na China começou não com as instituições religiosas, mas com a leitura dos textos clássicos chineses elaborados durante a Dinastia Zhou. Este sistema de educação, fundamentado no letramento, foi desenvolvido pelo governo chinês para a educação de funcionários, necessários, para a administração do império. Um sistema imperial de avaliação foi estabelecido na Dinastia Han (206-220AC) para avaliar e selecionar funcionários. Este sistema baseado no mérito deu origem às escolas que ensinaram os clássicos perpetuando-se por 2.000 anos, até o final da dinastia Qing, e finalmente abolida em 1911, sendo substituída por métodos ocidentais de ensino.
Wikipedia: History of education in China / Culture of China / Education in China

Educação na Índia




A educação organizada na Índia vem de longa data, sendo o sistema Gurukul de educação um dos mais antigos do planeta totalmente dedicado aos mais elevados ideais do completo desenvolvimento humano: físico, mental e espiritual. Gurukuls eram tradicionais escolas Hindus de aprendizagem; tipicamente a casa do mestre ou um monastério. O ensino era gratuito, mas os estudantes de famílias abastadas pagavam uma contribuição voluntária após a conclusão de seus estudos (Gurudakshina).
Nos Gurukuls, eram transmitidos conhecimentos de religião, escrituras sagradas, filosofia, literatura, defesa (pessoal), política, astrologia, medicina e de história (a palavra sânscrita "Itihaas" significa história).

No primeiro milênio e, em alguns séculos precedentes houve florescimento de uma educação mais ampla na Universidade de Takshashila, na Universidade de Nalanda, e nas Universidades de Ujjain e de Vikramshila.
Arte, Arquitetura, Pintura, Lógica, Gramática, Filosofia, Astronomia, Literatura, Budismo, Hinduismo, Arthashastra (Economia e Política), Direito, e Medicina eram os assuntos ensinados e cada universidade se especializou em um campo particular do estudo.
Takshashila especializou-se no estudo da medicina, enquanto Ujjain deu mais ênfase à astronomia. Nalanda, sendo a maior, abarcou todos os ramos do conhecimento, e abrigou cerca de 10.000 estudantes em sua melhor fase.
Os registros britânicos mostram que a educação era bastante difundida no século XVIII, com uma escola em cada templo, mesquita ou aldeia em quase todas as regiões do país. Entre os assuntos ensinados se encontravam a leitura, a escrita, a aritmética, a teologia, o direito, a astronomia, a metafísica, a ética, a ciência médica e a religião. As escolas recebiam estudantes de todas as classes da sociedade.
O sistema atual de educação, com seu estilo e índices ocidentais, foi introduzido e estabelecido pelos Ingleses, após as recomendações do Baron Macaulay. As estruturas tradicionais da educação hindu não foram reconhecidas pelo governo britânico e entraram em declínio desde então. Gandhi afirmou que o tradicional sistema educacional Hindu era uma fecunda árvore que foi exterminada pela colonização britânica.
Wikipedia: Education in India / Ancient Universities of India....Prabodhini Gurukula....Sri Veda Vijnana Gurukulam.....MokshaDharma

Educação nos Estados Unidos da América
A Revolução Americana inspirou os Estados Unidos na construção de escolas financiadas pelo governo, mas houve reação por causa dos novos impostos necessários. Acreditaram que um sistema de instrução sustentado pelo governo seria necessário para tornar os cidadãos mais patrióticos e, também, para melhorar a vida da juventude - Uma comunidade educada prove cidadãos mais habilitados para trabalhar nas fábricas e a servir ao exército.
History of education: Wikipedia ...Category - History of Education: Wikipedia....

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Um comentário:

Iêda Diniz disse...

Vicente meu caro, estou maravilhada com seu blog e a história da educação! Você poderia me indicar alguma referencia sobre a história da educação em empresas brasileiras? Estou iniciando um trabalho sobre educação coporativa e estou com dificuldades de conseguir literatura a respeito.
Grata